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A maior parte dessa gente vai te enganar o tempo todo.
Só pensam em dinheiro.
A decência e dignidade são distribuídas as pessoas em doses desiguais.
Pare um minuto.
Eu te digo.
Pare um minuto.
Movendo-se tão rapidamente para o outro lado desta festa, minha observação perde-se ao luar.
Minhas especulações tem base.
Vale a pena.
Acho que as coisas sempre foram horríveis.
Todo mundo acha isto, pelo menos as pessoas mais perspicazes.
E eu sei que estão certas.
Já estive em toda parte, já vi de tudo e já fiz de tudo.
Muitos acreditam nisto.
Viver, ver, fazer tudo em toda parte.
Porém não é verdade.
Mas também não desbanca a certeza do horror.
Ninguém é capaz de estar em toda parte, ver de tudo e fazer de tudo.
A carne não aguenta e a mente não suporta.
Algumas pessoas em certas situações deveriam abandonar tudo e fugir.
Poucos escapam, ou quando tentam, é tarde demais.
Há tantas coisas extraordinárias na vida de uma pessoa.
1
A solidão da primeira infância.
2
O exagero de sentimentos sexuais da adolescência, início da idade adulta.
3
A verdadeira certeza que vem na meia-idade de que o mundo não gosta de você e que está constantemente tentando te derrubar.
4
A benção da ausência ou perda constante e progressiva da memória que vem na velhice.
5
A sensatez e a integridade da morte que poupa os seres de coisas insuportáveis.
Somos meros animais nascidos em meio a dores, destinados a morrer.
Temos a Guerra. Todo dia guerras em todos os níveis de alto a baixo. Por dentro e por fora. Guerras dentro de guerras.
A sua descoberta acontece cedo em nós, mas quase nunca guardarmos lembrança disso.
É claro que crianças expostas cedo ao seu aperto mais grosseiro, nunca esquecem essa lição.
Mas aí é mais uma visita indesejada dos pesadelos que entopem a noite, do que guerra propriamente dita.
Aí é da mesma natureza que o crime, uma agressão incompreendida durante a infância, suscitando só medo e trauma.
A verdadeira guerra não é isso.
Não é o confronto de anjos com os demônios.
A guerra é uma coisa dos seres humanos.
De tal forma é um assunto das pessoas que parece difícil aceitar que esteja ausente do paraíso.
É uma coisa que vem de dentro, é um jogo a sério que usa a glória como engodo, apesar de ser mortal que chegue para que não haja possibilidade de retorno ao ponto de partida.
Pode voltar-se em corpo, mas volta-se outro.
A guerra surge da nossa alma onde o inconsciente esperneia e se contorce. Lá ela é construída.
Ela que precede a imaginação e a inteligência, a guerra que possibilita a destreza física e incorpora o conhecimento sensorial da natureza, a que anima a coragem e a vontade de vencer, e a que clama por justiça e busca a honra.
O brandir das armas é apenas vento, um turbilhão que se agita na superfície, resultado da guerra que ja revolucionou a mente, permitindo o delírio rancoroso que veste no outro a farda do horror quando está em perigo a nossa família, o nosso sonho ou a nossa vida.
E a nossa vida está quase sempre em perigo.
A guerra que nos distingue dos animais.
A guerra funda a humanidade.
Antes que parta, gostaria de dizer que tens um desses raros sorrisos que trazem em si algo de segurança e de conforto; um desses sorrisos que encontrei umas quatro ou cinco vezes em toda a vida.
Um sorriso que parece encarar todo o mundo, a eternidade, e então se concentra sobre mim, transmitindo-me uma simpatia irresistível.
Um sorriso que me compreende até o ponto em que quero ser compreendido, acredita em mim como eu gostaria de acreditar em mim mesmo e me garante que tem de mim a impressão mais favorável que eu teria a esperança de comunicar.
Um sorriso Gatsby de alguém que sabe escutar as pessoas.
Por isto, obrigada(o) bom divertimento e até breve pois vou caminhar por aí.
Uma perfeita, precisa lua cheia forte brilha até onde a vista alcança então aproveite bem a festa, pois a noite é uma criança.
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